quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Música como forma de expressão!!

O “ punk hc,grind...”ou (e) as mais alternativas formas de comunicação que contenha conteúdo; musicalmente falando, surgiu como uma forma de expressão à todo um inconformismo; uma ação humana misantrópica, ou seja aversão à moralidade social vigente, com suas industrias culturais... Propagada pelas classes subalternas marginalizadas das benesses do emergente capitalismo. Pressupondo-se que “ música é a arte de se expressar através dos sons”. Com poucos acordes, exterioriza suas paixões, sentimentos, angústias, decepções, raiva... Internalizada outrora. Foda-se toda técnica! Uma afronta à escolástica: conservatórios, centros de cultura musicais...
“A música é um pássaro em vôo. É no seu vôo que ela é bela. Não é possível prendê-la para aprendê-la” (Alves, 2005). Ou seja, música ‘engaiolada’ em sala de aula, com hora marcada, é muito mecanicismo! Não achas.?
No entanto levando-se em conta que “nada é estático, tudo se transforma, tudo é transitório e está em movimento”. Não jugueis que uma banda “punk hc...” por acrescentar alguns acordes ou alguns elementos “idiossincráticos” à sua música deixa de ser contestadora e suprimida de todo senso crítico! Que de mais há nisto? Não seriam outras formas de se expressarem, novas idéias com uma complexa e múltiplas formas de demonstração. Vê cuspe do nordeste; agathocles da Bélgica, ação direta do abc/SP... Cada expressão tem sua particularidade de substanciar o sensível, “a música nos retira dos nossos pequenos mundos e nos faz viajar por mundos maravilhosos. Isso desperta em nós os potenciais eróticos dos nossos ouvidos; os ouvidos passam a fazer amor com à música em diversas posições...” (Alves,2005). Há uma verdadeira ruptura com o dogmatismo de se fazer som imobilmente; plágio, cópia, monotonia expressiva. Façamos um punk hc... diferente! Ou qualquer outra forma de manifestação sonora contestadora. Espontaneidade a flor da pele!

“A empiria leva ao conhecimento”. Mesmo o guerrilheiro toty1 se negando a qualquer forma mecânica de se aprender música; suas práticas cotidianas “ensaios exaustivos” com muito “over drive”2 o fizeram atingir uma maturidade intrínseca; natural... Ver-se que não se trata de algo formatado; forçado. “a técnica ficou para trás(...) ele simplesmente surfa sobre as cordas (segundo sua proposta de sonoridade), seguindo o movimento das ondas” (Alves, 2005). Seria hipocrisia negar sua espontaneidade, particularidades, seu mundo sensível, à continuar a se expressar como outrora! Com os três acordes, só por religiosidade à algo!3 Se contesta a ordem social com seus dogmas, estéticas e padrões?
Anarquismo ou (e) libertários... é contestação a ordem social ou não é? “Façamos de nossos sentidos: visão, olfato, tato, gosto, audição: órgãos de fazer amor com o mundo e de ter prazer nele” (Alves,2005).
Atitude (d.i.y) “faça você mesmo!”


(nonoca) 4


1 Ex-guitarrista e atual baixista da banda guerrilla PA 44.
2 Sinônimo de pinga,cachaça, tcha...
3 A cartilha diz que: Só é punk hc... se tocar simplesmente com poucos acordes sem influências de outras vertentes sonoras!!!
4 Batera auto- didáta da guerrilla PA 44

Um comentário:

Anônimo disse...

é isso aí nonoca..
vai pro Tuk(A)ndëra, né?