terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Acidente ou assassinato?

Lembro que esse assunto, não nessas palavras, foi tema de redação de concurso ou algo assim, na época eu ainda tinha um coração muito bom. Quando via um assaltante, ladrão ou estuprador sendo preso, apanhando ou morto, ficava com uma pena do coitadinho. Achando que a culpa era de um sistema que não funciona etc e tal. Hoje sei que não existe sistema bom com pessoas ruins e nem sistema ruim com pessoas boas.
Rio Branco foi crescendo e logo trazendo novidades de fora (muitas coisas ruins e poucas coisas boas) dentre essas coisas, estava mais violência como novidade e essa violência foi atingindo várias áreas, no transito com mais destaque.
Antigamente, se eu tinha pena de assaltante, ladrão etc, imagine quando acontecia um “acidente” de transito? Ficava com mais pena ainda dos envolvidos, pelo desespero das pessoas, prejuízo material, sofrimento com a perda de familiares etc.
Mas os acidentes também foram mudando e comecei a notar que aconteciam acidentes e “assassinatos” (ou pelo menos algo parecido). Sempre contestava a frase usada pelos órgãos responsáveis pelo transito: “Evite Acidente”, se é um acidente como vou evitar? Segundo o dicionário acidentes são acontecimentos imprevistos, casuais ou não, ou então - acontecimento infeliz que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína etc. Com o passar do tempo notei que a frase tava certa, e poderia até mudar para: “Não faça merda porra”.
Como eu falei no início do texto, na época eu tinha um coração muito bom, hoje posso dizer tem tenho um coração racional. E por isso quando vejo um acidente desses, com “cara de assassinato”, que freqüentemente vem acontecendo em Rio Branco, fico muito puto por vidas inocentes ter sido tirada por imprudência de uma pessoa, acho até que a punição deveria ser maior dependendo do caso. Por outro lado, quando vejo esses acidentes com “cara de assassinato” (desculpe-me às famílias) com apenas uma vítima fatal, a que vinha fazendo racha, ou alguma outra loucura, bate meio que um alívio por saber que ele morreu sozinho e esse não colocará mais a vida de ninguém em risco.
Não sou um santo, também nunca procurei ser, mas será difícil perceber o tanto de merda acontecendo no trânsito? Precisamos passar pela experiência (quando dá tempo) para aprender? Não podemos aprender com os exemplos que vem acontecendo?

Nenhum comentário: