Outros lados da chamada Revolução Acreana
Por Ricardo*
Todos os anos nos deparamos com grandes festas realizadas pelo governo do estado do Acre em comemoração à Revolução Acreana. Andando no centro da cidade podemos ver à nossa volta monumentos erguidos homenageando os grandes heróis e pontos turísticos que fazem alusão à Revolução. Também existe a inserção deste tema em diferentes manifestações artísticas e na política.
Oficialmente, em 6 de agosto de 1902, na cidade de Xapuri, se deu o inicio da Revolução. Comandada por Plácido de Castro, ex-militar gaúcho que quando visitava o Amazonas, foi convidado para organizar um exército de bravos homens que viriam a conquistar o Território do Acre.
Segundo o historiador Marcos Vinícius, “Enquanto o exército acreano lutava com arma de caça, o exército boliviano lutava com armas de guerra”. Munidos apenas com suas espingardas, mas com forte sentimento patriótico, foram os bravos soldados lutar contra as Forças Regulares Bolivianas, fortemente armadas.
Em 24 de janeiro de 1903, Puerto Alonso foi invadida e tomada pelos brasileiros, passando a se chamar Porto Acre e a partir daí sendo declarado o Estado Independente do Acre.
Somente em 17 de novembro de 1903, através do Tratado de Petrópolis, uma negociação intermediada por Rio Branco, na época Ministro das Relações Exteriores, resolveu o impasse com a Bolívia. Posteriormente em 08 de setembro de 1909, com o Tratado do Rio de Janeiro foi resolvido o problema com o Peru e surgiu o Território Federal do Acre, passando oficialmente a fazer parte do Brasil. Somente em 1962 o Acre deixa de ser território e é elevado à categoria de estado.
Esta é a versão que vemos nas escolas do Acre e pelos pontos turísticos espalhados pelas cidades do estado, com heróis e bravos homens. Mas que tal agora partirmos para outra visão dessa história? O que dizem nossos vizinhos Bolivianos e documentos da época, que estão na Bolivia e também (em sua maioria) no Brasil? Será que teria realmente sido uma Revolução? Plácido de Castro foi um herói?
Está no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa que a palavra Revolução seria:
(...) toda mudança repentina e radical das instituições fundamentais do Estado ou da sociedade, realizada pela força; processo social complexo pelo qual se operam uma descontinuidade e uma mudança da tradição cultural e uma recomposição das camadas sociais, que são desintegradas e, em seguida reintegradas segundo novo tipo de estratificação. (1989, p. 1.351)
E ainda no dicionário de Sociologia:
(...) uma mudança social que altera aspectos básicos de uma sociedade ou outro sistema social (...) Para que a mudança política seja revolucionária o próprio sistema político tem de passar por alguma mudança básica, como a aristocracia para a democracia ou da democracia para a ditadura militar. (1997, p. 199)
Na época da revolução, quase que em sua totalidade, a população acreana era composta de seringueiros, vindos em sua grande maioria do nordeste, seduzidos por propostas tentadoras de enriquecimento. Mas se for comparada a vida destas pessoas antes e depois da Revolução, em que mudou? Em nada! Continuou o mesmo sistema de aviamento imposto aos trabalhadores nos seringais, que perdurou ainda durante décadas, portanto, não foi uma Revolução, mas sim, um conflito armado, uma guerra.
Por conta disso, a partir daqui vamos começar a nos referir à Revolução Acreana por “Questão do Acre”, como já vem sendo chamada a algum tempo por historiadores para melhor discutirmos usando uma terminologia mais adequada.
Embora as delimitações de fronteiras não estivessem bem definidas, esta região já era reconhecida como sendo da Bolívia, porém habitada por brasileiros que estavam na região com o intuito de fazer a extração do látex. Com o surgimento e crescimento da indústria automobilística, houve um grande salto nas exportações da matéria prima que era usada para a fabricação de pneus, a borracha.
Extraída por brasileiros, a borracha do Acre era escoada de barco para Manaus e Pará, de lá sendo exportada para o mundo.
Em 1889 a Bolívia instala em Puerto Alonso um posto aduaneiro, para cobrança de impostos que chegavam até a 40% do valor do produto. Com isso, o lucro dos seringalistas se tornava menor e também diminuía a arrecadação tributária aos governantes dos estados que faziam a exportação.
Preocupados e pensando numa forma de ganhar mais dinheiro com a extensão de terra onde na época mais se produzia borracha em todo o planeta, surge a idéia de se criar o chamado Bolivian Syndicate, que consistia no arrendamento do Acre para que empresas de capital privado explorarem a matéria prima, deixando 60% dos lucros com a Bolívia. A proposta foi feita ao Brasil, que não deu importância, achando que não daria certo. A partir do momento em que investidores norte-americanos e ingleses começaram a demonstrar interesse, embaixadores brasileiros começaram a soltar boatos que pudessem assustar os investidores, como “desgraças naturais, índios carniceiros, doenças incuráveis e outras coisas” (Batista, 2007, p. 04). Com as ações do Bolivian Syndicate, que valiam cerca de um milhão de libras esterlinas em baixa, o Brasil acabou comprando todas por apenas 50 mil.
Quando Plácido de Castro dizia, num discurso patrioticamente forte, estar defendendo o Acre da invasão capitalista norte-americana, o Brasil já havia comprado todo o Bolivian Syndicate (foi com a criação do Bolivian Syndicate que surgiu o grande pretexto para a guerra dos brasileiros contra a Bolívia).
Este grande herói acreano, na verdade, recebeu uma boa quantia em dinheiro para vir cuidar da Questão do Acre, portanto, não foi um herói, mas sim, um mercenário. Patrocinado pelo governo do Amazonas, recrutou seringueiros à força, ou sob promessa de recompensas, que nunca foram pagas. Com os seringalistas, os mais interessados na Questão do Acre, ficaram as altas patentes militares.
Plácido de Castro com seu exército de seringueiros, atacaram Puerto Alonso e expulsaram os bolivianos de lá.
Por fim, em janeiro de 1903, o governo brasileiro enviou tropas para o Acre afim de evitar novos conflitos e resolver a questão de forma diplomática. O Barão do Rio Branco enviou uma carta com um ultimato, avisando que haviam 50 mil brasileiros das Forças Armadas do Brasil, prontos para invadir La Paz e tomar o país. A Bolívia tinha recentemente saído de uma guerra contra o Chile, onde tinha perdido milhares de homens, estava com uma economia fraca e militarmente vulnerável. Com isso, perdeu o interesse pelo Acre.
Em 17 de novembro de 1903, após o término da pseudo-Revolução Acreana os dois países assinam o Tratado de Petrópolis. O governo brasileiro compromete-se a pagar 2 milhões de libras esterlinas e a construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré, e a Bolívia renuncia a seus direitos sobre o Acre. Os 2 milhões nunca foram pagos, e a estrada de ferro, sequer no projeto iria até a Bolívia. Seria “(...) como se eu tivesse uma divida (...), comprasse um aparelho de som no mesmo valor da divida e lhe dissesse: 'Eu paguei aquela divida com um aparelho de som. Esta lá em casa. Quando quiser ouvir som, passe por lá'”. (Batista, 2007, p.04)
Fica claro que desde o inicio, sempre pairou pela selva acreana, a lógica inescrupulosa do lucro. A presença de trabalhadores brasileiros em regime de semi-escravidão nas mãos dos seringalistas, sua presença de forma involuntária no “Exército da Revolução”, a tomada de Puerto Alonso para acabar com a cobrança de impostos, e por fim, a compra do território que nunca foi pago.
Mas esta não é uma totalidade dos fatos. Muitos conflitos aconteceram em várias partes da floresta, com bolivianos e índios. Nestas histórias ocultas, dezenas de povos indígenas foram dizimados. E as mulheres e crianças? Onde estavam? A produção da borracha não podia parar! É necessário que se revele outras histórias que estão por trás dos falsos heróis.
*Ricardo é ex-bebo do Mercado Velho. Impossibilitado de ser bebo do centro, foi empurrado à periferia, juntamente com as várias dezenas de pessoas que trabalhavam no local.
Pra ninguém falar que estou dizendo besteira sem fundamento, aí está a bibliografia utilizada:
BATALHA, Ana Paula. Revolução Acreana deve sim ser comemorada. In: Jornal A Tribuna, Rio Branco, p. 06, 06 de ago. de 2008.
BATISTA, Josafá. Versão Boliviana. in: Jornal A Tribuna, Rio Branco, p. 04, 2007.
CARNEIRO, Eduardo de Araujo. Revolução Acreana: um elogio ao capital. <www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/11/336928.shtml>, acessado em08 de jul. de 2008.
JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar, 1997.
MARTINS, Elson. Revolução Acreana.. acessado em 08 de jul. de 2008.
Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo, Gama, 1989.
SILVA, Francisco Bento e ALBUQUERQUE, Gerson Rodrigues. O xadrez diplomático e militar do Acre.Acessado em 13 de jul. de 2008.
SOUZA, Carlos Alberto. Revolução Acreana: a invenção do termo e as revoluções silenciosas. in: UFAC na Imprensa, 2008.
ZILIO, Andrea. Revolução Acreana presente.Acessado em 08 de jul. de 2008.
Por Ricardo*
Todos os anos nos deparamos com grandes festas realizadas pelo governo do estado do Acre em comemoração à Revolução Acreana. Andando no centro da cidade podemos ver à nossa volta monumentos erguidos homenageando os grandes heróis e pontos turísticos que fazem alusão à Revolução. Também existe a inserção deste tema em diferentes manifestações artísticas e na política.
Oficialmente, em 6 de agosto de 1902, na cidade de Xapuri, se deu o inicio da Revolução. Comandada por Plácido de Castro, ex-militar gaúcho que quando visitava o Amazonas, foi convidado para organizar um exército de bravos homens que viriam a conquistar o Território do Acre.
Segundo o historiador Marcos Vinícius, “Enquanto o exército acreano lutava com arma de caça, o exército boliviano lutava com armas de guerra”. Munidos apenas com suas espingardas, mas com forte sentimento patriótico, foram os bravos soldados lutar contra as Forças Regulares Bolivianas, fortemente armadas.
Em 24 de janeiro de 1903, Puerto Alonso foi invadida e tomada pelos brasileiros, passando a se chamar Porto Acre e a partir daí sendo declarado o Estado Independente do Acre.
Somente em 17 de novembro de 1903, através do Tratado de Petrópolis, uma negociação intermediada por Rio Branco, na época Ministro das Relações Exteriores, resolveu o impasse com a Bolívia. Posteriormente em 08 de setembro de 1909, com o Tratado do Rio de Janeiro foi resolvido o problema com o Peru e surgiu o Território Federal do Acre, passando oficialmente a fazer parte do Brasil. Somente em 1962 o Acre deixa de ser território e é elevado à categoria de estado.
Esta é a versão que vemos nas escolas do Acre e pelos pontos turísticos espalhados pelas cidades do estado, com heróis e bravos homens. Mas que tal agora partirmos para outra visão dessa história? O que dizem nossos vizinhos Bolivianos e documentos da época, que estão na Bolivia e também (em sua maioria) no Brasil? Será que teria realmente sido uma Revolução? Plácido de Castro foi um herói?
Está no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa que a palavra Revolução seria:
(...) toda mudança repentina e radical das instituições fundamentais do Estado ou da sociedade, realizada pela força; processo social complexo pelo qual se operam uma descontinuidade e uma mudança da tradição cultural e uma recomposição das camadas sociais, que são desintegradas e, em seguida reintegradas segundo novo tipo de estratificação. (1989, p. 1.351)
E ainda no dicionário de Sociologia:
(...) uma mudança social que altera aspectos básicos de uma sociedade ou outro sistema social (...) Para que a mudança política seja revolucionária o próprio sistema político tem de passar por alguma mudança básica, como a aristocracia para a democracia ou da democracia para a ditadura militar. (1997, p. 199)
Na época da revolução, quase que em sua totalidade, a população acreana era composta de seringueiros, vindos em sua grande maioria do nordeste, seduzidos por propostas tentadoras de enriquecimento. Mas se for comparada a vida destas pessoas antes e depois da Revolução, em que mudou? Em nada! Continuou o mesmo sistema de aviamento imposto aos trabalhadores nos seringais, que perdurou ainda durante décadas, portanto, não foi uma Revolução, mas sim, um conflito armado, uma guerra.
Por conta disso, a partir daqui vamos começar a nos referir à Revolução Acreana por “Questão do Acre”, como já vem sendo chamada a algum tempo por historiadores para melhor discutirmos usando uma terminologia mais adequada.
Embora as delimitações de fronteiras não estivessem bem definidas, esta região já era reconhecida como sendo da Bolívia, porém habitada por brasileiros que estavam na região com o intuito de fazer a extração do látex. Com o surgimento e crescimento da indústria automobilística, houve um grande salto nas exportações da matéria prima que era usada para a fabricação de pneus, a borracha.
Extraída por brasileiros, a borracha do Acre era escoada de barco para Manaus e Pará, de lá sendo exportada para o mundo.
Em 1889 a Bolívia instala em Puerto Alonso um posto aduaneiro, para cobrança de impostos que chegavam até a 40% do valor do produto. Com isso, o lucro dos seringalistas se tornava menor e também diminuía a arrecadação tributária aos governantes dos estados que faziam a exportação.
Preocupados e pensando numa forma de ganhar mais dinheiro com a extensão de terra onde na época mais se produzia borracha em todo o planeta, surge a idéia de se criar o chamado Bolivian Syndicate, que consistia no arrendamento do Acre para que empresas de capital privado explorarem a matéria prima, deixando 60% dos lucros com a Bolívia. A proposta foi feita ao Brasil, que não deu importância, achando que não daria certo. A partir do momento em que investidores norte-americanos e ingleses começaram a demonstrar interesse, embaixadores brasileiros começaram a soltar boatos que pudessem assustar os investidores, como “desgraças naturais, índios carniceiros, doenças incuráveis e outras coisas” (Batista, 2007, p. 04). Com as ações do Bolivian Syndicate, que valiam cerca de um milhão de libras esterlinas em baixa, o Brasil acabou comprando todas por apenas 50 mil.
Quando Plácido de Castro dizia, num discurso patrioticamente forte, estar defendendo o Acre da invasão capitalista norte-americana, o Brasil já havia comprado todo o Bolivian Syndicate (foi com a criação do Bolivian Syndicate que surgiu o grande pretexto para a guerra dos brasileiros contra a Bolívia).
Este grande herói acreano, na verdade, recebeu uma boa quantia em dinheiro para vir cuidar da Questão do Acre, portanto, não foi um herói, mas sim, um mercenário. Patrocinado pelo governo do Amazonas, recrutou seringueiros à força, ou sob promessa de recompensas, que nunca foram pagas. Com os seringalistas, os mais interessados na Questão do Acre, ficaram as altas patentes militares.
Plácido de Castro com seu exército de seringueiros, atacaram Puerto Alonso e expulsaram os bolivianos de lá.
Por fim, em janeiro de 1903, o governo brasileiro enviou tropas para o Acre afim de evitar novos conflitos e resolver a questão de forma diplomática. O Barão do Rio Branco enviou uma carta com um ultimato, avisando que haviam 50 mil brasileiros das Forças Armadas do Brasil, prontos para invadir La Paz e tomar o país. A Bolívia tinha recentemente saído de uma guerra contra o Chile, onde tinha perdido milhares de homens, estava com uma economia fraca e militarmente vulnerável. Com isso, perdeu o interesse pelo Acre.
Em 17 de novembro de 1903, após o término da pseudo-Revolução Acreana os dois países assinam o Tratado de Petrópolis. O governo brasileiro compromete-se a pagar 2 milhões de libras esterlinas e a construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré, e a Bolívia renuncia a seus direitos sobre o Acre. Os 2 milhões nunca foram pagos, e a estrada de ferro, sequer no projeto iria até a Bolívia. Seria “(...) como se eu tivesse uma divida (...), comprasse um aparelho de som no mesmo valor da divida e lhe dissesse: 'Eu paguei aquela divida com um aparelho de som. Esta lá em casa. Quando quiser ouvir som, passe por lá'”. (Batista, 2007, p.04)
Fica claro que desde o inicio, sempre pairou pela selva acreana, a lógica inescrupulosa do lucro. A presença de trabalhadores brasileiros em regime de semi-escravidão nas mãos dos seringalistas, sua presença de forma involuntária no “Exército da Revolução”, a tomada de Puerto Alonso para acabar com a cobrança de impostos, e por fim, a compra do território que nunca foi pago.
Mas esta não é uma totalidade dos fatos. Muitos conflitos aconteceram em várias partes da floresta, com bolivianos e índios. Nestas histórias ocultas, dezenas de povos indígenas foram dizimados. E as mulheres e crianças? Onde estavam? A produção da borracha não podia parar! É necessário que se revele outras histórias que estão por trás dos falsos heróis.
*Ricardo é ex-bebo do Mercado Velho. Impossibilitado de ser bebo do centro, foi empurrado à periferia, juntamente com as várias dezenas de pessoas que trabalhavam no local.
Pra ninguém falar que estou dizendo besteira sem fundamento, aí está a bibliografia utilizada:
BATALHA, Ana Paula. Revolução Acreana deve sim ser comemorada. In: Jornal A Tribuna, Rio Branco, p. 06, 06 de ago. de 2008.
BATISTA, Josafá. Versão Boliviana. in: Jornal A Tribuna, Rio Branco, p. 04, 2007.
CARNEIRO, Eduardo de Araujo. Revolução Acreana: um elogio ao capital. <www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/11/336928.shtml>, acessado em08 de jul. de 2008.
JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar, 1997.
MARTINS, Elson. Revolução Acreana.
Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo, Gama, 1989.
SILVA, Francisco Bento e ALBUQUERQUE, Gerson Rodrigues. O xadrez diplomático e militar do Acre.
SOUZA, Carlos Alberto. Revolução Acreana: a invenção do termo e as revoluções silenciosas. in: UFAC na Imprensa, 2008.
ZILIO, Andrea. Revolução Acreana presente.
9 comentários:
Não preciso de modelos, Não preciso de heróis
Eu tenho meus amigos....
Para um bebo... até que pesquisa e escreve bem... será que a solução para o Brasil é todo mundo virar bebo??
os meus heróis morreram de overdosi faz tempo
Se a solução for todo mundo bebo, estamos no caminho certo com o nosso atual presidente... Ah mais tem que ser bebo inteligente né?
Muito bom o texto!
parabéns joão ricardo!
obrigado adriana, mas o texto não é meu...
obrigado adriana, o texto é meu.
Otimo post. O buerão é cultura !
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